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    O Território do Antigo Egito


    O Território do Antigo Egito


    O território no qual se desenvolveu a civilização do Antigo Egito corresponde, em termos tradicionais, à região situada entre a primeira catarata do rio Nilo, em Assuão, e o Delta do Nilo. O Sinai, situado a leste do Delta do Nilo, funcionou como via de acesso ao corredor sírio-palestiniano, designação atribuída à faixa de terra que ligava o Egito à Mesopotâmia. A oeste do Delta, surge o deserto da Líbia (ou deserto ocidental), onde se encontram vários oásis dos quais se destacam o de Siuá, Kharga, Farafra, Dakhla e Bahareia.
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    O deserto da Árabia (ou deserto oriental), estende-se até ao Mar Vermelho.A sul da primeira catarata situava-se a Núbia, cuja cultura e habitantes já eram vistos como estrangeiros. Em diversos momentos, o Egito ultrapassou a primeira catarata e tomou posse de territórios Núbios, onde obtinha diversas matérias-primas.

    O território do Antigo Egito não deve ser por isso confundido com o território da moderna República Árabe do Egito, dado que esta se estende para sul da primeira catarata do Nilo até ao paralelo 22° N e inclui partes dos deserto da Líbia e do deserto da Arábia, bem como a península do Sinai.

    No Antigo Egito distinguiam-se duas grandes regiões: o Alto Egito e o Baixo Egito.

    O Alto Egito (Ta-chemau) era a estreita faixa de terra com cerca de 900 quilometros de extensão que tradicionalmente começava em Assuão e terminava na antiga cidade Mênfis (perto da moderna Cairo).

    O Baixo Egito (Ta-mehu) correspondia à região do Delta, a norte de Mênfis, onde o Nilo se dividia em vários braços. Território plano favorável à caça e à pesca, foi aqui onde mais se fizeram sentir os contatos com o estrangeiro, sobretudo nos últimos séculos da história do Antigo Egito. Também, por vezes, se distingue na geografia egípcia uma região conhecida como o Médio Egito, que é o território a norte de Qena até à região do Faium.

    Esta civilização desenvolveu-se graças à existência do rio Nilo, sem o qual o Egito não seria diferente dos desertos que o cercam. Neste sentido, é bem conhecida a frase do historiador grego Heródoto (que visitou o Egito em meados do século V a.C.), segundo a qual o Egito era um dom do Nilo, retomando o historiador uma afirmação anterior de Hecateu de Mileto.

    Os dois afluentes principais do rio Nilo são o Nilo Branco (que nasce no Lago Vitória) e o Nilo Azul (oriundo dos planaltos da Etiópia). O Nilo corre de sul para norte, desaguando no Mar Mediterrâneo, com uma extensão aproximada de 6695 quilometros. Todos os anos as inundações do rio, que se iniciavam no Egito na segunda metade de Julho e terminavam em meados de Outubro, depositavam nas margens uma terra negra que fertilizava o solo e que permitiu a prática da agricultura (atualmente o fenômeno das inundações do Nilo já não existe no Egito graças à construção da barragem de Assuão). Os Egípcios dependiam portanto deste rio e das inundações para a sua sobrevivência.

    O RIO Nilo  era a principal via de transporte, quer de pessoas, quer de materiais. Apesar da dependência do Nilo, o Antigo Egito não deve ser considerado apenas um dom de condições geográficas especiais, como afirmou Heródoto, que talvez quisesse, com esta afirmação, explicar por que o Egito já era uma grande civilização enquanto os gregos ainda viviam em aldeias isoladas. O ponto fundamental é que o Antigo Egito também só existiu graças ao seu sistema de governo centralizado, que organizava a enorme mão-de-obra constituída pela massa de camponeses, e ao engenho de seus construtores, que, desde épocas remotas, edificaram barragens e canais de irrigação para tirar o máximo proveito das águas do Nilo.

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